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Chile

Chiloé: experiências autênticas que poucos conhecem

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Casa tradicional chilota de madeira com tejuelas coloridas, cercada por denso bosque nativo de Chiloé, exemplificando a arquitetura vernacular da ilha em perfeita harmonia com a paisagem natural.
Entre bosque nativo chilote, emerge esta autêntica casa, cujas tejuelas de alerce meticulosamente trabalhadas e tons terrosos se integram perfeitamente à paisagem .

Em nossa primeira visita a Chiloé, cinco dias pareciam suficientes para conhecer os principais pontos de nosso interesse. No entanto, nessa nova viagem de oito dias, o destino nos revelou uma verdade surpreendente: existe uma Chiloé invisível e sedutora que permanece oculta ao turismo convencional – um território que se revela em camadas, cada uma mais envolvente que a anterior.

Vista do mar interior de Chiloé em dia de céu azul, mostrando águas tranquilas em tons azul-esverdeados que refletem a luminosidade solar, capturando um momento raro de claridade na paisagem marítima do arquipélago.
Momento de descanso e contemplação no Hotel Refugia Chiloé.

Retornamos com o simples desejo de expandir nosso roteiro inicial, mas nos encontramos com o lado profundamente autêntico do arquipélago. Esta descoberta transformou completamente nosso olhar sobre o destino, conectando-nos com experiências imersivas que a maioria dos visitantes desconhece. Assim, mais que uma viagem, plantamos a semente para explorar ainda mais deste Chiloé mágico em futuras visitas.

Rua de terra com flores silvestres à beira do caminho e a icônica Igreja de Rilán ao fundo, retratando a paisagem rural autêntica de Chiloé onde natureza e patrimônio cultural se integram harmoniosamente.
O tempo parece suspenso nesta bucólica rua de terra em Chiloé, onde flores silvestres emolduram o caminho que leva à histórica Igreja de Rilán.

Detalhes que fizeram a diferença em Chiloé

Vários motivos tornaram a nova viagem inesquecível! Um deles foi certamente a hospedagem por 5 noites no maravilhoso Hotel Refugia Chiloé, que recentemente assumiu o comando do então Hotel Tierra Chiloé.

Vista panorâmica da Baía de Pullao em Chiloé capturada desde o Hotel Refugia, mostrando o encontro entre mar, céu e terra típico da paisagem chilota durante maré baixa.
A Baía de Pullao com a maré baixa vista desde o Hotel Refugia Chiloé

As experiências autênticas e imersivas oferecidas, com intuito da divulgação e preservação da cultura e da natureza chilota, foram determinantes para criar um roteiro autêntico Chiloé que superou todas as expectativas.

Pueblito de Weltún em Chiloé em um dia nublado, com casas chilotas autênticas e arquitetura tradicional preservada.
Até um dia chuvoso e com muito vento pode ser bucólico e charmoso

A equipe do hotel nos conduziu por experiências que desvendaram um Chiloé mais profundo e pessoal — distante do olhar superficial dos roteiros mais comuns.

Bancas de mercado em Chiloé exibindo peixes frescos, batatas nativas, algas e outros produtos locais do mar e da terra.
Os mercados reúnem o que o arquipélago produz de melhor: peixe fresco, batatas coloridas, algas e outros ingredientes que contam histórias de terra e mar.

Nos outros três dias, nos hospedamos no mesmo hotel da viagem anterior, o Enjoy Chiloé Hotel De La Isla. No entanto, ainda estávamos imersos na atmosfera reveladora do Refugia — experiências que nos apresentaram um Chiloé oculto, longe das rotas mais previsíveis do turismo.

Palafitas coloridas da Gamboa em Castro, Chiloé, refletidas nas águas durante a maré cheia.
Na maré cheia, as palafitas da Gamboa, próximo ao Hotel Enjoy, se transformam em espelhos vivos da cultura chilota, revelando um modo de vida que resiste ao tempo.

Por isso, seguimos a mesma linha de passeios, orientadas por agentes locais, o que tornou toda a viagem ainda mais especial — sem dúvida, uma das melhores que já fizemos.

Vivências autênticas: explorando Chiloé além dos pontos turísticos

Algumas vivências desta segunda visita explicam por que nos sentimos tão em sintonia com o modo de vida chilote — veja por que essa conexão foi tão marcante.

Catamos marisco como os chilotas

Durante a maré baixa na lua nova (momento ideal segundo a tradição local), catamos mariscos na praia. Armados com galochas de cano longo, pequenas enxadas e balaio de fibra nativa, experimentamos o árduo trabalho de remover areia, selecionar e lavar as conchas. A recompensa veio depois, quando o chef do hotel transformou nossa “colheita” em um jantar inesquecível.

Catar mariscos com enxadas e balaios na maré baixa em Chiloé, vivenciando a cultura local.
Entre galochas, balaios e muita alga, participamos da coleta tradicional de mariscos — e descobrimos o sabor de conquistar o próprio jantar.

Visitamos “tijeras” tradicionais

Conhecemos dois estaleiros artesanais onde mestres carpinteiros continuam construindo embarcações usando as mesmas técnicas que seus antepassados aplicaram nas igrejas patrimoniais. Vê-los trabalhando a madeira com ferramentas simples, mas com extraordinária precisão, foi como testemunhar o passado vivo.

Carpinteiros da Ribeira em Chiloé trabalhando em um estaleiro tradicional “tijera”, construindo embarcação com técnicas centenárias.
Visitamos um estaleiro “tijera”, onde mestres carpinteiros da Ribeira mantêm viva a tradição de construir embarcações em madeira, exatamente como faziam seus antepassados há séculos.

Participamos da preparação do autêntico Curanto en Hoyo

Diferente da versão simplificada que muitos restaurantes oferecem, vivenciamos o ritual completo. O verdadeiro curanto é preparado em um buraco no chão, onde pedras são aquecidas até ficarem incandescentes.

Em seguida, sobre elas, são dispostas camadas específicas: mariscos, carnes, milcaos, chapaleles (espécie de pão cosido no vapor) e batatas. Posteriormente, tudo é coberto com folhas de nalca (planta nativa conhecida como pangue) que selam o “forno” natural. Por fim, a preparação é um evento comunitário, festivo e regado a música tradicional.

Curanto tradicional sendo preparado em um buraco no chão com pedras quentes, folhas de nalca e camadas de mariscos e carnes em Chiloé.
Vivenciamos o curanto como manda a tradição: fogo, pedras incandescentes, folhas de nalca e um banquete cozido sob a terra, entre música e histórias locais.

Observamos a produção artesanal da chicha de maçã

Visitamos na área rural, um pequeno estabelecimento que ainda utiliza a prensagem tradicional da maçã, e observamos como é feita a chicha artesanal, tomamos e podemos compreender por que essa bebida é um símbolo da gastronomia chilota.

Prensagem tradicional de maçãs para chicha artesanal em estabelecimento rural de Chiloé, processo ancestral que preserva sabores autênticos da gastronomia chilota
Processo de prensagem tradicional de maçãs para produção da chicha artesanal.

Provamos o autêntico Milcao

Em Curaco de Vélez, visitamos o sítio de Sandra Naiman, uma produtora rural reconhecida e referência por suas práticas sustentáveis. Lá, tivemos o privilégio de provar o milcao — uma iguaria típica de Chiloé feita com massa de batata ralada e cozida, temperada com manteiga, moldada à mão, recheada com carne de porco e frita até ficar dourada e crocante.

À esquerda, nós com a Sandra e a guia Pamela do Hotel Refugia; à direita as fotos do galpão rústico com batatas armazenadas e à direita em baixo, batatas chilotas cortadas mostrando cores variadas.
Com Sandra, conhecemos mais do que batatas: vivenciamos histórias de cultivo, tradição e resistência, refletidas nas cores vibrantes.

Navegamos pela costa da Península de Rilán

Conhecemos a costa menos explorada da Península de Rilán a bordo da embarcação de madeira Williche, construída em um dos estaleiros tradicionais que visitamos. Durante o trajeto, tivemos a surpresa inesquecível de avistar uma baleia jubarte — um encontro raro, que revelou a rica biodiversidade que envolve Chiloé, muitas vezes ausente dos roteiros convencionais.

Embarcação de madeira navegando pela costa da Península de Rilán, em Chiloé, com avistamento de baleia jubarte no trajeto até a Igreja de Rilán.
A bordo de uma embarcação Williche, cruzamos a costa da Península de Rilán e avistamos, com emoção, uma baleia jubarte em pleno trajeto até a Igreja de Rilán.

Escutamos histórias de bruxaria em Quicaví

Nesse pequeno vilarejo, conhecido como a antiga sede da mítica organização de bruxaria “La Mayoría”, conhecemos essas histórias que são transmitidas através de gerações e que habitam o imaginário chilota.

À esquerda, placa da praça de Quicaví marcando o centro de bruxaria La Mayoría; à direita, igreja do vilarejo onde lendas de bruxaria do imaginário chilota permanecem vivas até hoje
Placa e igreja do vilarejo de Quicaví, onde o sagrado e o profano se entrelaçam nas tradições orais que ainda ecoam pelas ruas deste enigmático povoado chilota.

Conhecemos o encantador Pueblito de Weltún

visitamos esse vilarejo em um dia nublado, com ocasional chuva fina, e de fortes ventos que, ao balançar as enormes árvores, criaram uma atmosfera misteriosa e mágica.

Pueblito de Weltún: aldeamento chilote sob céu cinzento, exibindo autênticas casas tradicionais com tejuelas artesanais em perfeito estado de preservação.
No clima nublado e ventoso de Chiloé, exploramos o Pueblito de Weltún

Originalmente cenário da telenovela “Isla Paraíso”, hoje é um museu a céu aberto com autênticas casas chilotas transportadas pela usual forma de “minga”, usando a tradicional técnica onde construções inteiras são movidas comunitariamente.

Casas tradicionais chilotas no Pueblito de Weltún em Chiloé, sob céu nublado e vento forte, compondo um cenário cultural único.
À esquerda, o local no interior da casa onde as famílias se reuniam para se aquecer em volta do fogo. À direita o cine Autral

O conjunto reproduz perfeitamente uma cidade completa, com casas, igreja, cinema e armazém, todos exibindo os característicos telhados de tejuelas, com encaixes sem pregos e acabamentos que retratam fielmente a arquitetura tradicional do Arquipélago de Chiloé.

Foto dupla do Pueblito de Weltún em Chiloé: à esquerda, igreja com tejuelas de madeira; à direita, armazém tradicional chilote, ambos sob céu nublado.
À esquerda, a fachada da igreja do vilarejo. À direita o armazém tradicional chilota.

Para além do óbvio: o teto da Igreja de Nercón

Uma experiência particularmente memorável foi nossa visita à Igreja de Nuestra Señora de Gracia de Nercón. Embora seu acesso seja permitido ao público em geral, a maioria dos turistas acaba não conhecendo um tesouro, simplesmente por desconhecerem esta possibilidade.

Graças à expertise das guias do Hotel Refugia, tivemos o privilégio de acessar a parte superior da igreja – justamente onde se revela, de maneira impressionante, a técnica de construção naval aplicada à arquitetura religiosa. Ao caminharmos junto ao teto que reproduz o “fundo do barco”, pudemos apreciar de perto esta característica marcante do trabalho dos habilidosos carpinteiros chilotas.

Teto em forma de navio invertido na Igreja de Nuestra Señora de Gracia de Nercón em Chiloé, revelando técnica de carpintaria naval tradicional chilota.
Interior do teto da Igreja de Nercón em Chiloé, onde a técnica de carpintaria naval criou um impressionante “fundo de barco” invertido.

Além disso, nossa guia nos revelou algo verdadeiramente surpreendente: pequenos furos posicionados estrategicamente acima do altar, de onde os jesuítas conseguiam discretamente observar os fiéis durante as cerimônias – um emblemático mecanismo de controle.

Furos de observação ocultos acima do altar na Igreja de Nercón em Chiloé, utilizados pelos jesuítas para monitorar discretamente os fiéis durante cerimônias religiosas
À direita o furo, localizado estrategicamente acima do altar da Igreja de Nercón, um sistema de vigilância usado pelos jesuítas no período colonial – segredo revelado apenas aos visitantes mais curiosos.

O Passaporte das Igrejas: um motivador inesperado

Uma das novidades que encontramos foi o ‘Pasaporte Ruta de las Iglesias’. Este pequeno livreto narra de forma sintética a história das 16 igrejas Patrimônio da Humanidade Unesco e dedica duas páginas a cada uma delas. Cada seção inclui uma ilustração da igreja, informações históricas relevantes, um espaço para o carimbo estilizado de cada igreja e um local para registro da data da visita.

Foto dupla do passaporte das igrejas de Chiloé: à esquerda, a capa com ilustração de igreja chilota; à direita, o carimbo da Igreja de San Juan.
Cada carimbo no passaporte é mais do que um registro — é a memória de uma travessia, como a visita à Igreja de San Juan, marcada com orgulho ao lado da capa que nos acompanhou por toda a rota.

O passaporte das Igrejas de Chiloé transformou-se em um inesperado motivador para percorremos alguns longos trajetos entre as igrejas sem perceber. Cabe assinalar a beleza da paisagem – mar, montanhas e até alguns vulcões do continente que podem ser vistos em muitos destes trajetos. À medida que coletávamos os carimbos, tudo ficava mais divertido, convertendo-se em uma envolvente busca pelo próximo destino.

Foto composta com três paisagens distintas em Chiloé, todas mostrando o mar, o contorno da Cordilheira e vulcões do continente ao fundo.
Enquanto buscávamos os carimbos do passaporte das igrejas, fomos presenteados com cenários como estes: mar, vulcões e cordilheira moldando o horizonte em três ângulos distintos.

No entanto, mantivemos o equilíbrio para que o aspecto lúdico, não ofuscasse o verdadeiro valor cultural e histórico de cada visita.

Chiloé: encantos revelados em nossa segunda visita

Durante nossa primeira visita, conhecemos nove das dezesseis igrejas reconhecidas pela UNESCO, porém várias estavam fechadas. Entretanto, desta vez, graças a uma melhor organização, com horários regulares definidos para visitação, encontramos todas abertas. Assim, conseguimos revisitar as nove anteriores e adicionar mais cinco ao nosso passaporte.

Ainda nos faltam conhecer as igrejas de Jesús Nazareno de Caguach e Nuestra Señora del Rosario de Chelín para completarmos nossa coleção. Quase conseguimos visitar Chelín, mas, como o acesso é somente por barco, e no dia agendado, as condições climáticas não permitiram a travessia. Sem dúvida, uma excelente razão para voltarmos no futuro!

As Cinco Rotas das Igrejas: dicas práticas para uma exploração eficiente

As 16 igrejas Patrimônio da UNESCO de Chiloé estão organizadas em cinco rotas estratégicas que facilitam a exploração e enriquecem o turismo em Chiloé com dimensão cultural. Estas rotas consideram localização, paisagem cultural e serviços turísticos disponíveis.

1. Ruta Costa Interior

Abrange quatro igrejas na costa leste da Ilha Grande, com fácil acesso por estrada: San Antonio de Colo, Nuestra Señora del Patrocinio de Tenaún, San Juan Bautista de San Juan e Nuestra Señora de los Dolores de Dalcahue. Além disso, oferece belas paisagens costeiras e mercados artesanais tradicionais.

À esquerda, a Igreja de San Juan Bautista com sua torre central imponente; à direita, a colorida Igreja de Tenaún com seu característico trio de torres - ambas patrimônios UNESCO em Chiloé
À esquerda, a Igreja de San Juan Bautista; à direita, a colorida Igreja de Tenaún com seu inconfundível trio de torres

2. Ruta Archipiélago de Quinchao

Inclui três igrejas: Santa María de Loreto de Achao, a mais antiga de 1730, Nuestra Señora de Gracia de Quinchao e Jesús Nazareno de Caguach. Enquanto duas estão na Ilha Quinchao, acessível por balsa regular, a de Caguach requer embarcação especial. Destaca-se por proporcionar uma experiência autêntica das ilhas menores.

À esquerda, interior da Igreja de Santa María de Loreto de Achao com o passaporte da Ruta de las Iglesias; à direita, fachada frontal da Igreja de Quinchao, ambas patrimônios UNESCO em Chiloé.
À esquerda, o interior da Igreja de Achao com o passaporte da Ruta em mãos; à direita, a majestosa fachada da Igreja de Quinchao

3. Ruta Central

Concentra quatro igrejas no eixo Castro-Chonchi: San Francisco de Castro, Nuestra Señora de Gracia de Nercón, San Antonio de Padua de Vilupulli e Nuestra Señora del Rosario de Chonchi. Por ser a mais acessível para quem tem pouco tempo, também permite conhecer as coloridas palafitas de Castro e o centro histórico de Chonchi.

À esquerda, interior suntuoso da Igreja San Francisco de Castro com colunas e abóbada em madeira; à direita, interior rústico da Igreja de Vilupulli com seu teto em forma de barco invertido, ambas patrimônios UNESCO em Chiloé.
À esquerda, a Catedral de San Francisco de Castro com suas imponentes colunas e rica decoração contrasta com a simplicidade da Igreja de Vilupulli, à direita

4. Ruta Restauración

Compreende duas igrejas com importantes processos de restauração: Santa María de Rilán e Nuestra Señora del Rosario de Chelín. Vale ressaltar que a igreja de Chelín, em sua própria ilha, requer planejamento especial para a travessia.

À esquerda, interior da Igreja de Rilán em Chiloé mostrando altar, colunas de madeira e teto abobadado; à direita, fachada completa da mesma igreja com sua torre, escadaria frontal e revestimento de tejuelas coloridas.
Dois olhares sobre a Igreja de Rilán em Chiloé: à esquerda, seu interior de madeiras nobres revela a delicadeza da carpintaria chilota com colunas, altar e abóbada harmoniosos; à direita, sua fachada característica.

5. Ruta Isla Lemuy

Contempla três igrejas na Ilha Lemuy, acessível por balsa de curta duração desde Chonchi: Natividad de María de Ichuac, Jesús Nazareno de Aldachildo e Santiago Apóstol de Detif. Além das igrejas impressionantes, a ilha também oferece atmosfera rural preservada e vistas deslumbrantes.

À esquerda, interior da Igreja de Ichuac com seu teto em forma de barco invertido; à direita, fachada tradicional da Igreja de Detif com torre única e tejuelas de madeira, ambas patrimônios religiosos menos visitados de Chiloé.
À esquerda, o interior da Igreja de Ichuac; à direita, a fachada da Igreja de Detif.

Recomendamos dedicar ao menos um dia completo para cada rota – e dois para as que exigem travessias marítimas, considerando possíveis mudanças climáticas.

Um Arquipélago que se revela aos poucos

Esta segunda visita nos ensinou que Chiloé é como um bom livro que não se pode ler apressadamente. Cada retorno revela capítulos mais profundos de uma narrativa rica em tradições, sabores e paisagens que se transformam com as estações.

A princípio, o que nos atraiu foram as famosas igrejas de madeira e as palafitas coloridas que dominam o turismo em Chiloé. No entanto, agora, entendemos que a verdadeira magia do Chiloé invisível está nas conexões humanas e experiências autênticas, nas tradições vivas e na relação harmônica que os moradores mantêm com seu ambiente, apesar das mudanças trazidas pela modernidade.

Paisagem da Ilha de Lemuy em Chiloé, com colinas verdes, campos abertos e o mar ao fundo, em um cenário que lembra a Toscana.
Com campos ondulados e o mar ao fundo, a Ilha de Lemuy surpreende com um charme que lembra a Toscana, mas com essência chilota e o silêncio da vida insular.

Por isso, para quem deseja conhecer o verdadeiro Chiloé invisível, nosso conselho é: vá além do roteiro básico e busque um roteiro autêntico Chiloé que permita vivenciar experiências autênticas com os locais.

Reserve tempo suficiente para que o ritmo das ilhas possa se revelar naturalmente. Busque experiências imersivas, converse com os moradores e esteja aberto a descobrir que, em Chiloé, as histórias mais fascinantes raramente estão nos guias turísticos.

E você, já visitou algum lugar mais de uma vez e teve uma experiência completamente nova? Que aspecto da cultura chilota mais desperta sua curiosidade: as tradições gastronômicas, as lendas místicas ou a excepcional arquitetura em madeira? Compartilhe conosco nos comentários!

Para conhecer mais sobre a geografia e a história do Arquipélago de Chiloé, não deixe de conferir nossos artigos anteriores: Arquipélago de Chiloé e Igrejas de Chiloé

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3 Comentários

1 Comentário

  1. Lúcia Paiva

    maio 5, 2025 no 11:08 pm

    Tivemos oportunidade de conhecer alguns pontos de Chiloé, particularmente, algumas de suas igrejas que são patrimônio da UNESCO. Mas, o que vejo, aqui e agora nessa postagem da Minha Viajem é simplesmente sensacional. Nossa! São lugares mágicos que nos levam ao inimaginável e que se fazem inesquecíveis. Gente, entrar em contato con o pequeno o mundo de Chiloé e ter a permissão dos locais que promovem a abertura desse Portal é simplesmente um banho de misticidade e de verdadeiro encantamento e beleza . Uma viagem, no mínimo, desbravadora. Amei e que viver tudo isso.

    • Minha Viagem Turismo

      maio 6, 2025 no 4:07 pm

      Que alegria ler seu comentário! 💛
      Você captou com muita sensibilidade exatamente o que tentamos transmitir: que Chiloé vai muito além dos cartões-postais. É uma experiência que nos atravessa, que nos transforma. Cada igreja, cada vilarejo, cada história contada por quem vive ali — tudo isso abre mesmo um portal, como você tão bem disse.

      Ficamos muito felizes por termos despertado essa vontade de voltar e viver ainda mais intensamente esse pequeno grande mundo! Quando quiser redescobrir Chiloé com outro olhar, estaremos por aqui para caminhar juntos. 🌿✨

  2. Pingback: Arquipélago de Chiloé, um lugar mágico no sul do Chile

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